Cibeli Alves C. de Farias Dias.
(Cursista)
Pirajuí-SP
Pirajuí-SP
Cibeli Alves C. de Farias Dias - professora da rede pública |
Meus pais têm pouco estudo, porém trabalhadores e honestos. Tiveram
quatro filhos dos quais três chegaram ao nível superior completo. Tive
professores e pais que são responsáveis por minha formação dentre eles
meu ídolo Marcos Andenghi. Lembro-me do primeiro dia que fui para a
escola, minha mãe me levando e eu carregando meu "borna" vermelho com as
caixas de giz de cera e os lápis dentro. Eu corria a minha mãe dizia:
“menina se você continuar correndo vai chegar tudo quebrado na escola”.
Lembro-me do alfabeto e das sílabas, tudo isso me encantava. Dos gibis
da turma da Mônica que meu pai comprava dentro do trem na volta do
serviço e o meu sempre tinha uma figura que eu tinha que colocar o nome
dela na frente e sem contar nos desenhos que eu pintava.... como eu era
feliz. Meu pai comprou uma coleção de livro com histórias infantis:
Chapeuzinho vermelho, O pequeno príncipe e vários outros. E discos de
vinil que eu e minha irmã escutávamos deitadas no tapete. Não posso me
esquecer de uma folha pequena que era usada na escola para fazer
redação, era à hora mais feliz da minha vida quando a professora dizia
que era hora da redação. Tem algo que nunca sairá da minha memória,
parece que estou vendo a cena de minha mãe chegando do serviço e indo
direto pra cozinha fazer a janta e eu corria para pegar meu lápis,
borracha e caderno e os colocava sobre o tapete que ficava a beira da
pia e fazia a tarefa com a ajuda da minha mãe, eu debruçada no caderno
com a bunda pra cima......minha mãe sempre dizia: abaixa essa bunda
magrela e em seguida dava risada. Tive ótimos professores, mas o apoio
de minha mãe foi fundamental. Mesmo com pouco estudo ela fez a parte
dela, minha mãe foi uma verdadeira guerreira e fez sua parte de mãe na minha vida escolar. Minha mãe me dava varias contas para resolver envolvendo
as quatro operações, ela estudou apenas quatro anos. sempre vi minha mãe lendo dentro dos transportes públicos e
via pessoas desconhecidas lendo, e hoje fico assustada quando vou em
São Paulo e só vejo pessoas com fone nos ouvidos e mexendo em seus celulares. Só sei que meus professores foram ótimos e o
exemplo de meus pais serviram para me tornar a cidadã que sou. Vejo hoje em
dia como é bom os pais ajudarem os filhos.Obrigada professores por me
ensinarem, pai e mãe por me educarem.
Angela Maria Granzote.
Não sei
dizer quando a palavra escrita começou entrar e fazer parte
da minha vida. Puxando pela memória acho que começou na adolescência ou
até mesmo na idade adulta a caminhada que leva a dominar a palavra escrita.
Lembro uma vez na biblioteca da escola, lendo um livro de romance, senti que cada palavra, cada expressão dominada era uma vitória para meu entendimento. Senti um peso das palavras e da transformação do que aquelas da infância, porque uma carga muito grande de experiência de vida ganha no corpo da leitura. Cada palavra aprendida é uma pedra nessa reconstrução de si mesmo como pessoa que lê e escreve.
Lembro uma vez na biblioteca da escola, lendo um livro de romance, senti que cada palavra, cada expressão dominada era uma vitória para meu entendimento. Senti um peso das palavras e da transformação do que aquelas da infância, porque uma carga muito grande de experiência de vida ganha no corpo da leitura. Cada palavra aprendida é uma pedra nessa reconstrução de si mesmo como pessoa que lê e escreve.
Um universo fascinante se esconde entre as
páginas de um livro. Ganhar o gosto da leitura, incorporando às atividades de
todos os dias, é ter, em mãos, a possibilidade de viajar, de se deixar levar
pela narrativa, conhecendo gente, situações ou até mesmo identificando com os
personagens.
Acredito ser perfeitamente possível aprender a
gostar de ler, para isso precisamos primeiro fazer da leitura um hábito diário
e não deixar que seja algo esporádico, principalmente se for “obrigatório”
objetivando realizar algum trabalho acadêmico ou algo do gênero. Sugiro começar
com textos curtos, contos, crônicas, e porque não histórias em quadrinhos, o
importante é ler todos os dias, de 15 a 20 minutos por dia, com o passar do
tempo, esses poucos minutos não serão suficientes, o próprio leitor sentirá
necessidade de dispor de mais tempo para ler.
Isso aconteceu comigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário